Contou-me o Zé Custódio, um sexagenário freqüentador do Sebo, que Zequinha Marimbondo, morador da Freguesia do Cercado, era tipo irritadiço, temperamento que, aliás, lhe rendera a alcunha. Não tolerava perguntas idiotas e não deixava a farinha por menos.
Duma feita estava ele num velório, expressão compungida, chapéu preso debaixo do braço numa atitude de respeito ao falecido, quando chegou o Manezim da Clotilda, pequenino, de botinas gomeiras, uma perna da calça arregaçada até no meio da canela espremendo nas mãos nervosas o chapéu de palha, aproxima-se do Zequinha e pergunta baixinho:
         _ Quem foi que faleceu, Sô Zequinha?
         Ao que o outro responde apontando o caixão:
         _ Ara, sô! Aquele moço que tá deitado ali, uai!